Inicia oficina do RAPS em Araranguá

 

 

 

Araranguá está vivendo um momento histórico nas áreas de saúde, assistência social, educação e toda rede de Atenção Psicossocial. A primeira Oficina para Troca de Experiências entre Profissionais de Saúde para implementação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), aconteceu na manhã desta segunda-feira, 23.

Araranguá foi contemplada com o projeto RAPS. A cada 28 dias, uma dupla representou o município em Santo André, São Paulo.Esta rede tem por finalidade a criação, ampliação e articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Agora, três representantes de Santo André estão na Cidade das Avenidas para troca de experiências, informações e conhecimento.

A subsecretária de Políticas Públicas Sobre Drogas, Priscila Pessi, ressaltou a alegria em participar deste momento. “Estamos muito contentes em recebê-los, é uma grande oportunidade de aprendizado. Será uma semana de encontros com oficinas na parte da manhã e visitas na parte da tarde. Os profissionais e participantes de outros municípios poderão conhecer o Hospital Regional, CREAS, CRAS, Centro Pop, UPA, Unidades de Saúde, CAPS, Grupo de Controle do Tabagismo, Ambulatório de Saúde Mental e Dependência Química, a Subsecretaria de Políticas Públicas Sobre Drogas e conhecer um pouco mais do nosso trabalho”, destacou.

Coordenadora do projeto,  Sayonara Araújo Pessoa, lembrou a grande demanda de dependentes de álcool e outras drogas quando o município criou a subsecretaria de Políticas Públicas Sobre Drogas. “Encontramos neste projeto uma ótima oportunidade. Profissionais investindo em formação. Estas pessoas que fazem parte desta experiência contribuem muito para o município, deixam um legado, é uma incrível experiência de troca, as pessoas retornam com uma visão diferente e muito motivadas. É importante investir em projetos como este, já que estamos em busca de uma cidade melhor e mais humanizada”, ressaltou.

Troca de experiências e conhecimento estimulam profissionais

Mais do que um momento de vivência para os profissionais que foram a Santo André, é também de motivação para quem convive com estas pessoas, é o que afirma a secretária de Saúde, Rosane Kochhann. “Fizemos reuniões para que as pessoas possam contar suas vivências e elas motivam os colegas. A cada retorno é apresentado os conhecimentos captados ao grupo, o que melhora a expectativa. Além disso, estamos preparando outras ações para estas aéreas. Esta experiência traz muita bagagem para que os profissionais tenham como meta, como missão, este olhar diferenciado. Teremos resultados importantes na saúde, educação, assistência social, na rede como um todo. Agradeço a possibilidade de ter participado deste projeto. Espero que esta semana desperte a vontade de mais pessoas participarem desta experiência única. Saúde mental é relacionada a todos os segmentos e ter pessoas interessadas pelo assunto pensando de maneira diferenciada trará muitos benefícios ao município”.

O prefeito, Sandro Maciel, enfatizou que Santa Catarina não tem tradição em ter algo voltado especificamente contra as drogas. “Içara e Araranguá dão esta atenção específica para as políticas sobre drogas e este é um grande desafio. Este programa com Santo André cria um novo marco para nossas ações de compromisso de combate às drogas”.

Depois da acolhida, a oficina iniciou com a psicóloga e coordenadora de um dos CAPS em Santo André, Ana Carolina de Almeida Patrian, que palestrou sobre o “Intercâmbio entre experiências e supervisão clínico institucional” e falou sobre os trabalhos em Santo André. “Quando você desloca uma grupo para outro lugar, durante um mês, vivenciando experiências,o impacto positivo é grande. Há trocas de experiências e informações também sobre as duplas que estão em Santo André e são de todo país. Todos os meses, recebemos 23 pessoas, os impactos são a nível nacional”, comenta.

A oficina segue até dia 27, na sexta-feira.