Maré e árvores de grande porte provocam desbarrancamentos no Rio Araranguá

Foi divulgado na última sexta-feira, dia 14, o resultado – numa primeira avaliação – do levantamento realizado por uma equipe comandada pelo diretor da FAMA, Luiz Leme, para verificação do estado atual das margens do Rio Araranguá. A verificação foi até a foz do rio. No total foram 46 quilômetros de ida e volta no percurso.

Participaram também da equipe, que fez o percurso em uma lancha do Corpo de Bombeiros de Araranguá, o Engenheiro Cristiano Coral; o Secretário de Planejamento, Indústria e Comércio, Fernando Klar Serrano; o Engenheiro Agrônomo da FAMA, Eulionor Pereira da Silva; os Bombeiros Militares, Sgt. Giovane e o Bombeiro Comunitário Zanete e o fotógrafo da Assessoria de Imprensa, Rafael Torman.

Segundo Luiz, há problemas pontuais para serem resolvidos. Um deles são as árvores exóticas de plantadas nas barrancas do rio Araranguá. São plantas de grande porte inadequadas para a beira do rio, “o desbarrancamento pode ocorrer tanto pela ação do vento, quanto da maré que vai trabalhando nas raízes das árvores provocando a queda com o barranco”, resumiu o engenheiro.

Para Leme, o simples corte das árvores exóticas provocaria o nascimento da mata ciliar que volta a ocupar o seu espaço de uma forma natural. “Sugerimos o plantio de mudas nativas, após o corte dos eucaliptos”, frisou.

Outra constatação é a ação da maré em alguns pontos, como em curvas do rio. O fenômeno natural tem os pontos mais críticos próximos da foz. ”O vai e vem das águas acaba quebrando o barranco”, explicou Luiz. O ponto que mais chamou a atenção foi próximo da balsa do Rio Araranguá. Segundo levantamento por satélite há cerca de 30 anos, a antiga estrada, inclusive com a margem está agora, completamente dentro do leito do rio.

De 2005 até 2018 neste ponto o rio avançou 11 metros para dentro do terreno, enquanto que na outra margem houve um assoreamento com maior intensidade. O próximo passo da equipe é uma avaliação por terra, para registrar o impacto das quedas de barrancos e ação da maré, nas estradas paralelas ao rio. Depois desta fase, será eleborado um projeto final, para a captação de recursos para o desenvolvimento de ações para a recuperação de alguns pontos e a manutenção de outros para evitar maiores danos.

 

Assessoria de Imprensa.