Coleta seletiva de lixo é debatida em Araranguá

 

 

 

A questão do lixo é apontada pelos ambientalistas como um grave problema atualmente.

A solução defendida por muitos especialistas envolve a redução do volume de lixo produzido. Isto exigiria tanto uma mudança nos padrões de produção e consumo, quanto a implantação de programas de coleta seletiva de lixo. Tamanha preocupação levou o assunto a ser debatido na tarde desta quarta-feira, 04, por representantes da Fundação Ambiental do Município de Araranguá (FAMA), secretária de Governo, Maria Aparecida Costa (Cida), secretário interino de Obras, Alfredo Afrânio Ronconi, estudante de Engenharia Ambiental da UNESC e participante do projeto Coleta Seletiva Solidária (Unesc), Nícolas W. da Silva e o professor da área de Tecnologia do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC/Araranguá) Assis Francisco Castilhos.

De acordo com o superintendente da FAMA, Paulo Simon, será realizado provavelmente em março um seminário para buscar ideias, parcerias, dar encaminhamentos sobre a coleta seletiva em Araranguá. “O governo vai iniciar com passos pequenos, mas o objetivo é fazer um programa que atenda a cidade toda em alguns anos”, explica.

Simon ainda relata que no Plano Municipal de Resíduos Sólidos a coleta seletiva de lixo está inclusa. A intenção é implementar e ir aumentando a coleta gradativamente. “Nossa ideia inicial é implantar em prédios públicos, supermercados e Centro da cidade. Aos poucos ir aumentando a proporção. Para isso, vamos buscar parcerias, inclusive com universidades, para participarem de projetos sobre educação ambiental”, ressalta.

Grande passo

Para a secretária de Governo, Maria Aparecida Costa, o governo do município está dando um grande passo. “Há muitos anos a coleta seletiva de lixo é apontada como uma importante implantação nos municípios. Fico muito contente em saber que a FAMA está abraçando a causa, faz anos que lutamos por isso e é muito gratificante saber que faz parte de nosso planejamento algo tão significativo. Esta não é uma tarefa simples, mas tenho certeza que será feito um grande trabalho”, destaca.

O estudante Nícolas W. Silva, lembra que a implantação não é fácil. “Depende da sociedade querer abraçar os catadores, tem um grande envolvimento de órgãos públicos, contato com as pessoas dos bairros, educação ambiental, caminhão que passe com frequência, são várias ações conjuntas. Com certeza, há muito trabalho pela frente, mas o resultado é muito positivo”.

O professor Assis Castilhos afirma que é necessário pensar ações específicas e urgentes. “Existe o plano de resíduos sólidos, um dos elementos norteadores. Mas é necessário pensar em vários aspectos. Se você imaginar a quantidade de lixo produzido e para onde ele vai, perceberá que a complexidade do problema é grande. São necessárias ações estratégicas, práticas que possam dar bons resultados”.

Durante a reunião, foram levantadas ideias para apresentações do seminário e para a elaboração das ações necessárias para efetivação deste grande projeto.