Saúde de Araranguá vai estender vacinação para a rede de ensino
A Secretaria Municipal de Saúde, através do setor de Vigilância Epidemiológica Imunizações já deu início a Campanha Nacional de Vacinação Contra o Papiloma Vírus Humano, HPV. As doses, divididas em 2 etapas. estão sendo aplicadas nas 14 salas de vacinas espalhadas pelas unidades de saúde da cidade e interior. A vacina é usada na prevenção do câncer do colo do útero.
A expectativa da coordenadora da VE e imunizações é de vacinar 1.468 meninas da faixa etária de nove a onze anos (completos) em 2015, que, junto com o grupo de adolescentes de 11 a 13 anos vacinadas no ano passado, podem ser a primeira geração praticamente livre do risco de morrer do câncer do colo do útero.
Conforme a coordenadora da campanha em Araranguá, enfermeira Cláudia Bertoncini Zanette, “as meninas que já fizeram a vacinação em 2014 (1ª e 2ª doses) não precisam da imunização neste ano, só daqui a quatro anos”, explica.
Para atingir a meta a Secretáia de Saúde do Governo de Araranguá pretende estender a campanha para além das 14 salas de vacinas dos postos de saúde na cidade e interior, também para as escolas das redes de ensino do Município, Estado e Particular.
As doses a serem aplicadas serão em 3 etapas: março (1ª dose) setembro (2ª dose), a última dose será aplicada em 2020.
“É importante que as meninas levem a carteirinha de vacinação na hora de receber a aplicação. Quanto as alunos da EEB Maria Garcia Pessi, que foram dispensados devido a interdição do educandário, devem procurar o posto de saúde da Cidade Alta ou próximo das suas casas”, afirma.
Sem efeitos colaterais
De acordo com a coordenadora da VE e imuizações da Secretaria Municipal de Saúde, a vacina contra o HPV não tem efeitos colaterais. “O que aconteceu no primeiro ano de implantação da vacina é que o sistema nervoso das meninas contribuiu para algumas alterações metabológicas. É preciso muta calma nessa hora”, explica a enfermeira Cláudia.
Fique sabendo
Pouca gente sabe, mas o HPV, cujo nome científico é Papiloma Vírus Humano, já lidera o ranking das doenças sexualmente transmissíveis. O vírus pode ser considerado um inimigo sorrateiro, pois age silenciosamente, dificultando seu diagnóstico. Estima-se que 15% das mulheres brasileiras entre 18 e 60 anos estejam infectadas por ele.
A incidência sobe para quase 40% quando se trata da faixa de 16 a 24 anos. Alarmante, não? Até então, o uso de preservativo era a única forma de prevenção da doença, que passa a ser combatida por meio de vacinação.
A doença é a terceira que mais mata mulheres no Brasil. A vacina foi desenvolvida principalmente para adolescentes que ainda não iniciaram a vida sexual e será aplicada em três doses, em um espaço de seis meses.