5ª Conferência Municipal debate o futuro da Saúde em Araranguá

 

 

 

O município de Araranguá realizou nesta quinta-feira, 02 de julho, a maior Conferência Municipal de Saúde de sua história. Tendo por local o salão principal do Grêmio Fronteira, cerca de 300 participantes, entre representantes de órgãos governamentais, gestores, trabalhadores e usuários participaram das palestras e discussões em grupo na 5ª Conferência Municipal de Saúde.  

 

A abertura oficial contou com a presença da secretária de Governo, Maria Aparecida Costa, a Cida, que representou o prefeito Sandro Roberto Maciel, presidente do legislativo, vereador Rony da Silva, presidente do Conselho Municipal de Saúde e secretária de Saúde, Rosane Kochhann.  

 

Todas as autoridades enalteceram a importância da conferência e destacaram a grande mobilização entre as entidades para o acontecimento. O presidente dos Conselhos Locais de Saúde, Aliden William Robaski, fez a leitura do Regimento Interno da 5ª Conferência que foi aprovado por todos e assinado pela secretária de Saúde e presidente do CMS.

Os conferencistas lamentaram a  ausência – não justificada, de representantes do Hospital Regional de Araranguá e da Gerência Estadual de Saúde da SDR.

 

Palestra reforça a importância do SUS 

 

Com o tema: Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas: “Direito do povo brasileiro”, a Pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da UNESC, professora doutora em Ciências da Saúde Luciane Ceretta, falou sobre os 27 anos de existência do Sistema Único de Saúde – SUS. “Quem não lembra que antes da nova constituição só tinham direito a saúde os trabalhadores com carteira assinada, o restante era atendido como indigente nos hospitais. Essas conquistas não podem ser esquecidas só que é preciso avançar mais, para garantir os direitos adquiridos. Hoje existe proposta de que além do dever de Estado, a Saúde seja dever do cidadão”, fiquem atentos, afirmou.  A palestrante interagiu com os participantes e deixou a reflexão para o grupo sobre qual o sistema de saúde que iremos defender.

 

Prefeito prestigia evento

Após o almoço, os trabalhos da 5ª Conferência tiveram continuidade com a presença do prefeito Sandro Roberto Maciel, que cumprimentou a organização da conferência e destacou as ações e políticas de seu governo em prol da saúde. “Investimos cerca de 20% em saúde, recebemos um presente de grego que foi a UPA, onde o município recebe R$ 100 mil do Ministério da Saúde e desembolsa R$ 200 mil para mantê-la. Mas avançamos bastante na questão da infra-estrutura das Unidades Básicas de Saúde, na capacitação e se tivéssemos mais apoio do governo do estado (como tem tido o hospital regional), poderíamos avançar ainda mais. Desejo a todos uma excelente conferência e parabéns a todos pela participação”, afirmou.

 

Propostas para o futuro

 

Após a fala do prefeito Sandro Maciel, ocorreu a organização dos grupos que compuseram os eixos temáticos da conferência, precedidos de explanação do responsável pelos eixos temáticos e convidado especial da conferência, nutricionista araranguaense Mick Lennon Oliveira. Os sete eixos temáticos da 5ª Conferência Municipal de Saúde foram: Direito à Saúde, Garantia de Acesso e Atenção de Qualidade; Participação e Controle Social; Valorização do Trabalho e da Educação em Saúde; Financiamento do SUS e Relação Público-Privado; Gestão do SUS e Modelos de Atenção à Saúde; Informação, Educação e Política de Comunicação do SUS e Ciência, Tecnologia e Inovação no SUS. Os grupos levantaram propostas em nível Federal, Estadual e Municipal, entre elas: implantação da TV Saúde (em nível local), implantar leitos de Psiquiatria no Hospital Regional de Araranguá (Estadual), Participação de 02 membros do Conselho Local no Conselho Municipal de Saúde, entre outras. Durante a conferência foram eleitos os 24 delegados Titulares e Suplentes, das entidades governamentais e não governamentais que representarão Araranguá na Conferência Estadual de Saúde.

 

Moções de apoio e repúdio

 

Os grupos temáticos da 5ª Conferência de Saúde de Araranguá, também irão encaminhar as autoridades competentes moções de apoio e repúdio. A Rede Feminina de Combate ao Câncer repudia a portaria do Ministério da Saúde, que cortou os exames de mamografia para mulheres a partir de 40 anos de idade. De acordo com a presidente local da RFCC, Clarice Roglio de Oliveira, “a maioria dos casos ocorrem antes dos 50 anos e já tivemos morte de uma paciente aos 31 anos por câncer de mama”, disse. Também será enviada moção de apoio contra a privatização do SUS. Ao final dos trabalhos, a secretária municipal de Saúde, Rosane Kochhann, agradeceu a todos os trabalhadores, entidades, usuários, conselhos locais, Conselho Municipal de Saúde, que se dedicaram para que tivéssemos o sucesso desta conferência. Eu avalio a conferência muito exitosa e vamos agora para o embate estadual, entre setembro e outubro deste ano, concluiu.