HRA é foco de discussão com secretária Estadual de Saúde
Saúde sempre será assunto destaque. Esta área que atinge diretamente a vida da população merece discussões, debates, cautela e soluções. Em Araranguá, o Hospital Regional é pauta há bastante tempo. Mesmo com o avanço que aos poucos está acontecendo, ainda é preciso sanar algumas deficiências deste local que atende não somente os araranguaenses, mas a população de toda região. Por esse motivo, a secretária Estadual de Saúde, Tânia Eberhardt, foi convocada a uma reunião na Cidade das Avenidas para tratar sobre o assunto e apontar algumas soluções.
Na manhã de quinta-feira, 12, a secretária participou de sessão ordinária na Câmara de Vereadores. Prefeitos, secretários de saúde, autoridades, representantes de entidades, vereadores, deputados, sociedade civil, agentes da saúde participaram da reunião.
O prefeito, Sandro Maciel, destacou que em pesquisa realizada sobre a área da saúde, a avaliação sobre o Hospital Regional de Araranguá, apesar de ter melhorado, ainda está abaixo do esperado. “A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) tem tido avaliação muito positiva, o que nos deixou feliz. As unidades de saúde variam de acordo com o bairro, mesmo assim, no geral, ainda está com avaliação positiva. O Hospital que está abaixo. De alguns dias pra cá, houve uma evolução grande, mesmo assim, ainda há muito a melhorar”.
Em seu discurso, o prefeito também falou da importante conquista quanto à implantação do curso de medicina na Cidade das Avenidas. “Falta apenas resolver alguns problemas burocráticos, e para o Hospital Regional, este curso será fundamental. Este será o primeiro curso de medicina público fora da Ilha e a perspectiva é de que o hospital ficará em boas condições para atender a população. A UPA e o Hospital Regional serão dois locais importantes para os futuros estudantes trabalharem”.
Aproveitando o momento, o prefeito também falou da dificuldade que está sendo, do ponto de vista econômico, Araranguá manter a UPA. “Araranguá não tem grandes empresas, nossa arrecadação é proporcionalmente pequena comparada a outras cidades. Atendemos os 15 municípios, o que está sendo difícil manter. Mesmo assim, assumimos este compromisso. Houve algumas conversas de que fecharíamos a UPA, mas isto não foi alimentado por nós. Se for preciso não fazer mais nada, para mantê-la, faremos isso. Mas não é justo que a população fique sem o atendimento de qualidade, nem que paguemos um preço tão alto para manter este serviço. Meu pedido é um olhar mais sensível para esta questão”, explica.
Avanços são apresentados
A secretária Estadual de Saúde, Tânia Eberhardt, iniciou a fala observando que há muitas dificuldades nesta área. “Temos as leis para cumprir, as reivindicações populares para atender e sabemos que o saber técnico está subordinado ao querer político. Sempre vou estar do lado dos secretários municipais de saúde, para que a gente cumpra o que diz a lei, para que não sejamos cobrados por eventuais erros desnecessários. Somos seres humanos e é natural errar, mas que erremos com a consciência de fazer o que é certo”, disse.
Eberhardt também afirmou que houve um salto qualitativo desde a primeira reunião com algumas lideranças . “Chego aqui e encontro todos vocês unidos dizendo que querem o melhor hospital para a região. O que mais podemos querer? Se tantas pessoas importantes do Vale do Araranguá estão aqui mostrando o que querem e podem, só posso assinar embaixo e dizer que assim seja”.
A gerente Estadual de Organizações Sociais, Cristina Pires, apresentou uma planilha, resultado das reuniões anteriores, com informações sobre o Hospital Regional e anunciou alguns avanços, como novo equipamento de ultrassom, raio-x digital e atendimento de ortopedia 12 horas.