Prefeitura, Polícia Ambiental, FAMA e pescadores promovem última reunião comunitária
A forte chuva dessa terça-feira à noite, dia 12, não foi empecilho para que aproximadamente 30 pescadores e autoridades participassem da reunião cujo tema principal foi o debate em relação a construção de plataformas públicas como forma de suprir a proibição da pesca realizada com caíque ancorado no Rio Araranguá. Desta vez, o encontro ocorreu no Centro Comunitário de Manhoso.
CONTAGEM REGRESSIVA
O Procurador Geral do Município, Thiago Turelly, o superintendente da Fundação Ambiental do Município de Araranguá (FAMA), Paulo Simon e o cabo da Polícia Militar de Maracajá (PMA), Laudelino Joaquim falaram sobre legislação ambiental, esclareceram dúvidas e repassaram várias orientações. “A Prefeitura de Araranguá é sensível à luta dos pescadores no sentido de que a pesca continue liberada no rio que corta a cidade. A questão é que o Ministério Público Federal, através da procuradora da República, Patrícia Muxfeldt, expediu recomendação advertindo que a chamada pesca com caíques embarcados somente estará liberada até o dia 12 de outubro. Ou seja, até essa data precisamos encontrar um meio termo, que garanta a continuidade dessa espécie de pesca e ao mesmo tempo oportunize a preservação ambiental. A construção de plataformas públicas de pesca é uma sugestão para resolver esse impasse”, explicou.
Já o superintendente da FAMA, Paulo Simon, destacou que as plataformas públicas de pesca são viáveis para resolver o problema. Ele ressaltou, no entanto, que para implantação de cinco deques com sanitários, estacionamento e infraestrutura complementar custaria mais de R$ 300 mil, segundo projeto já elaborado pelos técnicos do Instituto de Pesquisas Ambientais e Tecnológicas (IPAT), da Unesc. Estes recursos devem ser cotizados entre os pescadores. “A forma de angariar estes valores é uma das principais tarefas discutidas durante as reuniões”, disse.
CANJIQUINHA
Simon lembrou que existe uma mobilização dos pescadores da localidade de Canjiquinha para que a plataforma local possua 60 metros de extensão e não 30m como era a sugestão inicial. FAMA e Unesc já avaliaram essa possibilidade. “Devido às condições do terreno onde a estrutura deve ser implantada e também a grande demanda de pescadores que frequenta o local não haveria problemas em tentar viabilizar esta ampliação. Logicamente que os investimentos seriam superiores aquilo que estava projetado”, argumentou.
PRÓXIMA REUNIÃO
Para debater o tema, já ocorreram cinco encontros entre autoridades e pescadores, o próximo deles ocorre no dia 19, terça-feira a partir das 19h no Centro Comunitário de Vila São José. Desta vez o evento será direcionado para pessoas que pescam na localidade de Figueira. Cada comunidade de pescadores elege entre dois a quatro representantes para integrar a comissão que representa os interesses da categoria.