Uso do lápis feito com jornal reciclado é a nova ação de sustentabilidade

Desde o mês de maio, o Governo do Município, através da Secretaria de Educação, adotou o uso de lápis revestido com jornal reciclado em toda a Rede Pública Municipal de Ensino, que abrange ao todo 42 unidades entre creches e escolas fundamentais.

Além de constituir-se num bom exemplo de sustentabilidade, já que o lápis é feito de papel reciclado, em vez de madeira, ele é considerado tão resistente quanto os tradicionais e bem mais fácil de apontar.

Prefeito fala em conscientização

Com mais de 5,2 mil estudantes frequentando os bancos escolares da rede municipal, Araranguá é um dos 15 municípios de Santa Catarina integrante do “Programa Cidades Sustentáveis”, por isso, desenvolve algumas ações valorizando a promoção da sustentabilidade.

Uma destas medidas envolve diretamente a Secretaria de Educação, que atende as crianças e adolescentes de hoje, cidadãos do amanhã. “Várias ações serão implantadas de forma gradativa. O objetivo é diminuir e alertar a população sobre quais impactos os produtos adquiridos podem causar ao meio ambiente e, em consequência disso, incentivar o cidadão a assumir uma postura mais consciente. Nesse contexto de ações, a utilização do lápis sustentável nas escolas é um bom exemplo”, destaca o prefeito, Sandro Maciel.

Lápis tem boa aceitação

A chefe de serviço, Dalva Favaro, que é responsável pela administração do material pedagógico e didático, limpeza e higiene das escolas do município, destaca que o uso do lápis confeccionado com jornal reciclado foi bem assimilado pela classe estudantil. “Hoje, as quatro maiores escolas da rede pública municipal, Jardim das Avenidas (Caic); João Matias, no bairro Coloninha; Escola Nova Divinéia e Escola Otávio Manoel Anastácio, no bairrro Jardim Cibele consomem, em média, 530 unidades de lápis por mês. A cada nova remessa só escuto elogios. A durabilidade é a mesma do lápis de madeira. A vantagem é que o reciclado é mais fácil de apontar e ajuda na preservação do meio ambiente”, comentou.

O novo lápis tem na composição grafite, mas é revestido em corpo papel jornal ultraresistente e é personalizado com o layout oficial do município.

Água e papel

Atitudes simples fazem grande diferença. Conscientes disso, os municípios participantes do “Programa Cidades Sustentáveis” adotam medidas inovadoras. Só para efeito de comparação e análise, uma conta simples sobre a quantidade de água usada para produzir papel serve de exemplo para entender o impacto am­­biental causado pela fabricação do material. Para fazer uma folha de papel de tamanho A4, são consumidos aproximadamente 10 litros de água, segundo dados do relatório “Países Ricos, Pobre Água”, da organização não-governamental WWF (World Wildlife Foundation).

Exemplos de ações sustentáveis desenvolvidas em Araranguá

Uso prioritário do papel reciclável

Outra ação sustentável executada pela prefeitura foi a sansão do projeto possibilitando a aplicação da lei que garante o uso prioritário de papel reciclável nas repartições públicas municipais de Araranguá. “Ainda estamos no início da implantação desse processo de sustentabilidade, mas de forma planejada as ações municipais vão sendo ampliadas, mobilizando cada vez mais a população. Poder Público e comunidade precisam trabalhar unidos pelo mesmo objetivo. Nessa espécie de atividade é necessário cumplicidade e comprometimento”, observa.

Água para todas as comunidades

As realizações sustentáveis, no entanto, não cessam. Sandro Maciel afirmou que o saneamento básico do município nunca recebeu tantos investimentos.“Desde o dia 1º de janeiro de 2013 até hoje, o Governo Municipal, através Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) já implantou rede de água potável para várias comunidades do interior como Volta Curta, Santa Rosa de Lima, Sanga do Marco, Polícia Rodoviária, Loteamento Araras, Canjiquinha, Itoupaba, Taquaruçú e Santa Catarina. Ou seja, estamos demonstrando na prática que existe preocupação em garantir melhor qualidade de vida. Outras localidades também serão beneficiadas com sistema de água tratada”.

Nova Estação de Tratamento de Água

O prefeito finalizou lembrando que está em fase de construção a primeira etapa da Estação de Tratamento de Água (ETA) localizada nas imediações do Açude Belinzoni, no bairro Alto Feliz. Nessa obra estão sendo investidos R$ 485 mil em recursos próprios do Samae.

Segundo o diretor técnico do Samae, o engenheiro Mário Copetti, a nova ETA terá três filtros rápidos descendentes com camada mista de areia e carvão e uma cisterna para armazenamento com capacidade total de 450 metros cúbicos ou 450 mil litros de água. “A capacidade mais que dobra da atual, que é de 200 mil litros”, explica.

No sistema atual, que está instalado ao lado das obras da nova ETA, se houver qualquer problema na captação, o reservatório poderia suportar até uma hora de bombeamento para alimentar a cidade. Com o novo sistema a população poderá receber água por até duas horas e meia, mesmo não havendo a captação do açude. Hoje existem 13 mil ligações no município, o que abastece aproximadamente 50 mil pessoas, com um limite de 80 mil pessoas.

Mais comunidades recebem coleta de lixo

Ainda de acordo com o prefeito, o município de Araranguá desenvolve projetos que estão em sintonia com o “Programa Cidades Sustentáveis”. Ele cita, por exemplo, a ampliação da coleta de lixo, lembrando que no município são recolhidas diariamente 35 toneladas de material descartado.

“Aumentamos a frota de caminhões e recentemente ampliamos os pontos de coleta, incluindo no cronograma da prestação desse serviço mais oito comunidades”, afirma. Ainda segundo o prefeito, 50 novas lixeiras públicas foram instaladas nesse mês de agosto em pontos estratégicos da cidade.