Oficina do RAPS encerra com saldo positivo
Desde a segunda-feira, 23, profissionais de Araranguá participaram da oficina junto com profissionais de Santo André. Sexta-feira, 27, foi o encerramento dos trabalhos.
No último encontro, debateram situações que acontecem no dia-a-dia, os aprendizados da semana e relatos para encontrar soluções em grupo. “Foi um momento riquíssimo, com muitas dinâmicas. Tivemos a percepção do que precisa mudar em Araranguá. Durante a semana, participamos de várias atividades de grupo, estudos de casos, reportando quadros clínicos, dispositivos que tem que ser criados na Cidade das Avenidas para melhorar a rede. Estou emocionada por ver esta oficina acontecer. Independente dos serviços existentes, o que tem que mudar é a mentalidade das pessoas que atendem. Saber que uma pessoa é de uma comunidade, não de um serviço. Não podemos julgar, temos que receber com empatia, conhecer os serviços, acompanhar o processo e não apenas encaminhar os usuários”, relatou a coordenadora do projeto, Sayonara Araújo Pessoa.
De acordo com a enfermeira Noelia Roque Vieira Nunes, coordenadora de enfermagem no NAPS AD em Santo André, cada serviço organizou uma dupla para ir realizar esta troca de experiências e conhecimento em várias cidades no país. “Estar aqui foi muito gratificante. Além de ser uma cidade linda, de sermos muito bem recebidos, ensinamos e aprendemos muita coisa. Discutir a rede, os trabalhos, ações e soluções é muito importante. Alcançamos nossos objetivos de ajudar as pessoas a pensar estratégias para que a saúde mental seja pensada de maneira diferenciada”.
A enfermeira também relatou que a rede em Santo André também tem algumas dificuldades. “As discussões que tivemos foram muito ricas, há troca de serviços, nossa rede também tem ‘nós’ e criamos estratégias a partir do que aprendemos para lidar com nossas dificuldades”, avalia.
Muito satisfeita com o resultado da oficina, a subsecretária de Políticas Públicas Sobre Drogas, Priscila Pessi, destacou que esta foi uma atividade muito rica para Araranguá. “Estiveram presentes profissionais de várias áreas, como saúde, educação, assistência social e tivemos a percepção que uma problemática não é somente de uma área. Mais do que nunca sabemos que um tratamento de dependência química, por exemplo, não deve ser tratado somente pela saúde, e sim, por todas as áreas, atuando em conjunto, trabalhando em rede para obter sucesso. Plantamos uma sementinha. Algumas pessoas tem medo de mudança e este é um processo a longo prazo, mas sabemos que vai render bom frutos. Araranguá ganhou muito com esta oficina”, declarou.
Na parte da tarde, uma comitiva seguiu para Balneário de Ilhas, onde conheceram como funcionam os serviços na localidade.